terça-feira, 31 de maio de 2011

Progressão Continuada na mídia






Reunião das matérias e comentários exibidos pelo Bom Dia Brasil (18/02/2011) sobre reprovação escolar e progressão continuada.

Educação Inclusiva


Deborah Andrade dirigiu este documentário para o MEC, em 2009, para mostrar a inclusão de alunos com necessidades especiais nas escolas regulares da rede pública, do ensino fundamental à universidade.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Uma reflexão ...

É necessário refletirmos nossa prática em sala de aula para não perpetuarmos a educação bancária e essa letra escrita por Gabriel o Pensador em 1995 infelizmente retrata a realidade de muitas escolas nos dias atuais.

Estudo Errado 

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra sentar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando as prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:

Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)

Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu não raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...



Fonte: http://www.vagalume.com.br/gabriel-pensador/estudo-errado.html#ixzz1NMlSEHxe

terça-feira, 24 de maio de 2011

Planejamento



" Quem ensina, aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender."  (Paulo Freire)

O planejamento é a etapa mais importante do projeto pedagógico, pois é a partir desta  que as metas são preparadas. Não há uma forma exata para se fazer um bom planejamento escolar, ao contrário, ele deve ser flexível e como tal deve permitir ao educador repensar, revisar, buscando novos significados para sua prática pedagógica.
Assim, feito a escolha dos conteúdos a ser ensinado é preciso também levar em conta a faixa etária da turma e suas necessidades de aprendizagem. É também preciso conhecê-los a fundo e selecionar os materiais a serem usados como textos, livros e sites.
Para que o planejamento seja realizado com sucesso é preciso pesquisar sempre, ser criativo na elaboração da aula, estabelecer prioridades e limites, estar aberto a acolher o aluno e sua realidade e estar aberto para replanejar sempre que necessário.
Planejar é “antecipar mentalmente uma ação a ser realizada e agir de acordo com o previsto; ... fazer algo incrível, essencialmente humano: o real a ser comandando pelo ideal” (VASCONCELOS, 2004, p. 35). 
O planejamento é pois algo que se faz antes de agir, mas é também agir em função daquilo que se pensa e do que se avalia em sua vivência escolar.



Fonte:
http://www.webartigos.com/articles/33884/1/A-CENTRALIDADE-DO-PLANEJAMENTO-PARA-A-PRATICA-PEDAGOGICA/pagina1.html#ixzz1NMjQIhYY (acesso em 24 de maio de 2011)
Revista Nova Escola Abril 2011 - Como fazer o planejamento (página 54).

Antes de tudo, Planejamento !


http://www.youtube.com/watch?v=uCQCtHOnwkM

sábado, 21 de maio de 2011

Incluir é preciso

"A inclusão escolar começa na alma do professor, contagia seus sonhos e amplia seus ideais. A utopia pode ter muitos defeitos, mas pelo menos, uma virtude tem: ela nos faz caminhar." Eugênio Cunha


Andréia Perez é pedagoga com especialização em deficiência da audiocomunicação formada pela Unesp Marília. Está atuando desde 2008 na Escola Estadual Ruth Coutinho Sobreiro no bairro Santa Inês, na cidade de São José dos Campos como professora de sala de recursos.

Como você descreve seu trabalho?
Atendo alunos inclusos surdos da rede estadual da região que é formada por seis escolas, que estudam no ciclo 1 e 2 e  ensino médio,no contraturno dos horários regulares de aula, conforme a resolução SE 11 - que dispõe sobre a educação escolar de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas da rede estadual de ensino.
O atendimento pode ser feito de forma individual ou em grupo formados por alunos que se encontram no mesmo nível de aprendizagem.
O foco principal deste trabalho é trazer qualidade no ensino para a inclusão destes alunos nas salas de aula regulares. A alfabetização em libras é nossa grande meta com os inclusos.
Desenvolvo meu trabalho em conjunto com os diretores, coordenadores e professores destes alunos através da adaptação do currículo escolar, elaboração de atividades e esse atendimento se estende à família auxiliando-a neste processo.

Quais as dificuldades como educadora e para os alunos inclusos?
A maior dificuldade que enfrento é com relação as famílias. Primeiramente, no aspecto da aceitação da deficiência dos filhos e também pelo desconhecimento da linguagem de sinais. Outro aspecto a ser observado é que os recursos que o governo destina ao deficiente, através do benefício social BPC-LOAS, em muitos casos não é aplicado em benefício do aluno, através da compra de aparelhos de audição, sessões de fonoaudiologia, por exemplo.
A alfabetização em libras é um processo demorado e deve contar com a participação da família.
Mas mesmo com algumas dificuldades, o Estado tem cumprido o seu papel através da disponibilização de recursos materiais e através dos professores interlocutores com conhecimento em libras para a sala de aula regular.
Para os alunos a dificuldade está na defasagem da aprendizagem pois até 2007  frequentavam classes especiais multisseriadas.
Acredito que em alguns anos veremos o resultado do nosso trabalho na vida dos alunos inclusos, familiares e educadores que integram todo esse processo educacional principalmente com esta nova geração que hoje já conta com este atendimento desde a educação infantil.
















Fotos do arquivo pessoal de Andréia Perez.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

A relação escola-família – mitos e soluções para uma parceria positiva


A escola diante do fracasso escolar coloca a culpa na família e essa por sua vez devolve a acusação para os professores.
“Vários fatores influenciam o aproveitamento do aluno. Se a escola e a família buscam ações coordenadas,os problemas são enfrentados e resolvidos”, diz a psicóloga Ana Costa Polonia, docente da Universidade de Brasilia.
Vários mitos tem permeado a relação escola-família e alguns paradigmas precisam ser quebrados se buscamos a superação destes conflitos.

O grande problema da escola são as famílias desestruturadas
É verdade que a família mudou bastante nos últimos anos, porém essa nova composição não é a grande vilã para o problema da aprendizagem ou do comportamento, visto que não há comprovação para tal realidade.
Não importando a constituição familiar,o que realmente faz diferença no bom desenvolvimento do aluno é a participação de seus responsáveis, sejam a mão e/ou pai, avós, tios, madrasta ou padrasto, em sua formação.

É  responsabilidade da família o aprendizado escolar dos filhos
A responsabilidade da educação deve ser compartilhada entre a família e a escola, porém cada um com seus objetivos, conteúdos, práticas e metodologias. A escola é responsável pelo ensino formal dos conhecimentos de forma ampla, sistemática e de forma universal, ou seja, para todos. Mas o papel da família é importante pois o aluno é a figura central da aprendizagem e seu conhecimento adquirido em casa deve ser levado em consideração no processo ensino-aprendizagem.

Pais ausentes nas atividades escolares
Professores reclamam com relação a ausência dos pais nas atividades da escola pois é obrigação da família manter a criança na escola e zelar por sua frequência conforme o Estatuto da Criança e do Adolescente.
Por problemas de comunicação e pela realidade dos horários de trabalho dos pais é muito difícil o comparecimento às reuniões escolares. Outro problema é que geralmente os professores tem dificuldades em aceitar as opiniões dos pais e a família por sua vez não quer ouvir as recomendações da escola em como cuidar de seus filhos.
Para uma verdadeira aproximação é necessário um diálogo franco com os responsáveis e buscar soluções conjuntas para que a participação na vida escolar seja efetiva.

Em reunião de pais a pauta principal é o comportamento 
As reuniões escolares devem tratar sobre a aprendizagem, explicando o planejamento pedagógico, a atuação da escola neste processo e como o aluno tem evoluido na construção dos conhecimentos.
Para resolver problemas de comportamento deve haver uma concordância entre direção, coordenação pedagógica, professores e familiares com relação as ações para com o aluno e o ambiente para essa resolução não deve ser a reunião de pais.


Fonte: Revista Nova Escola, setembro de 2009 – Artigo: Formação-Escola e família – Sem culpar o outro – Amanda Polato.
Imagem disponível em http://paisfilhosescola.blogspot.com/2009/11/relacao-escola-e-familia-uma-proposta.html ( acesso em 20 de maio de 2011).




quinta-feira, 19 de maio de 2011

Menos violência, notas melhores

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/gestao-escolar/diretor/menos-violencia-notas-melhores-gestao-conflitos-articulacao-comunidade-508877.shtml

Educação em Valores

O vídeo mostra dois exemplos de projetos elaborados por escolas para trabalhar a educação moral. O primeiro, da escola Esmeralda Sanches da Rocha, em Votuporanga, interior de SP, promove a convivência inter-racial questionando e entendendo o racismo em atividades de três disciplinas: Educação Artística, Língua Portuguesa e História. Já a escola Giulio David Leone exercita a reflexão política, desenvolvendo partidos e candidatos à presidência, que são os próprios alunos, e uma simulação de eleição. O programa ainda consulta os professores da Faculdade da Educação da USP, José Sérgio de Carvalho e Nilson Machado, e Pedro Goergen, da Unicamp, para saber qual é o papel da escola na educação moral de seus alunos.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O que é escola segundo Paulo Freire


A ESCOLA
"Escola é...
o lugar onde se faz amigos
não se trata só de prédios, salas, quadros,
programas, horários, conceitos...
Escola é, sobretudo, gente,
gente que trabalha, que estuda,
que se alegra, se conhece, se estima.
O diretor é gente,
O coordenador é gente, o professor é gente,
o aluno é gente,
cada funcionário é gente.
E a escola será cada vez melhor
na medida em que cada um
se comporte como colega, amigo, irmão.
Nada de ‘ilha cercada de gente por todos os lados’.
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
que não tem amizade a ninguém
nada de ser como o tijolo que forma a parede,
indiferente, frio, só.
Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar,
é também criar laços de amizade,
é criar ambiente de camaradagem,
é conviver, é se ‘amarrar nela’!
Ora , é lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, trabalhar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz."